(por Rodrigo Pereira)

Alex Castro, pseudônimo de Thiago Neloah, nasceu em Santa Bárbara d’Oeste, em 1984. Publicou dois livros de contos e três romances e foi dono de sete lojas de ferragens antes de se internar em um templo Zen.
Alex Castro, 28. Capitão-de-Mar-e-Guerra da Marinha. Em cartaz com o espetáculo burlesco “Homens que Gostam de Dar”, escrito, dirigido e interpretado por ele.
Alex Castro, pseudônimo de Luana Chnaidermann de Almeida, tem 17 anos e estuda no Colégio Equipe, em São Paulo. Escreve contos e pretende prestar vestibular para Dança.
Alex Castro, nascido rico, casou-se em uma das várias viagens ao exterior, mas dois anos depois se viu sem dinheiro e separado. Vítima do furacão Katrina, virou palestrante, escritor e monge zen.

Essas são algumas das diversas autobiografias encontradas a respeito do escritor e monge zen-budista Alex Castro, que ministra a palestra gratuita “A Atenção Como Commodity” e lança o livro “Atenção.”, nesta terça-feira, na FAM (Faculdade de Americana). Mas, qual seria sua verdadeira trajetória? Existe uma verdadeira?

“Para evitar que meus textos se tornassem relatos egocêntricos da minha vida, todas as anedotas autobiográficas são consistentemente contraditórias, apenas acessórios a serviço de algum argumento sendo desenvolvido. O que importa são as ideias sendo expostas, não a pessoa que as está expondo. Você, a pessoa destinatária, é muito mais importante do que eu, a remetente”, explica o autor.

Lançada pela editora Rocco, a obra é inspirada na filosofia de Simone Weil e na prática do budismo engajado. Para ele, a atenção é a mercadoria mais valiosa da contemporaneidade, em um cenário onde ela é constantemente disputada pelas grandes empresas, que contabilizam – e comercializam – os números de likes, compartilhamentos e pageviews de sites ou perfis em redes sociais.

“De que adianta um desenvolvimento pessoal voltando somente para a pessoa que está se auto-desenvolvendo? Se quero me transformar em uma pessoa melhor somente para meu próprio benefício, de que maneira isso é ser uma ‘pessoa melhor’? Melhor para quê? Melhor para quem? Desenvolvimento pessoal só faz sentido se nos transformar em pessoas melhores para as outras pessoas”, reflete Alex.

Na palestra, em Americana, ele vai contar sobre planejamento e a atual moda dos coach; vai falar sobre estar aberto para as oportunidades da vida; sobre dinheiro e amor; sobre as prisões que a sociedade impõe para o cidadão, em especial para o jovem. E sobre como a conectividade afeta nossas vidas, para o bem e para o mal.

ACONTECE: O lançamento do livro “Atenção.” e a palestra gratuita “A Atenção Como Commodity” ocorre nesta terça-feira, a partir das 19h, na FAM (Faculdade de Americana), Avenida Joaquim Boer, 733, Jardim Luciene.

 
Fonte: O LIBERAL
[Originalmente publicada em 30/04/2019 às 08h16 com última atualização às 21h22]